Sistemas complexos adaptativos atuam antecipando o que poderá ocorrer. Seu modo de ação é fundado na lógica “se, então” (if/then). Isso depende de um modelo de mundo pressuposto pelo agente — expressa ou implicitamente, de forma consciente ou não.
No exemplo dos recursos repetitivos, o agente atua prevendo o que poderá acontecer caso esse regime seja adotado: sua trabalho reduzirá (ou “o Tribunal será desafogado). “Se” criarmos esse instituto, “então” haverá menos trabalho desnecessário e mais tempo para o que realmente importa. No modelo de mundo do agente elaborador desse regime, aquela ação teria esse resultado.
No mundo natural, quem melhor antecipa tem mais capacidade de sobrevivência.
Para quem elabora normas, toma decisões, desenvolve estratégias, o desafio está em antecipar da melhor forma possível, considerando as aleatoriedades e as não-linearidades (o fato de que uma ação não tem apenas um efeito, mas insere-se em um sistema complexo de interações interligadas com infinitas possibilidades de adaptação).
André Folloni